Isenção do Imposto de Renda até R$ 5 Mil: O que muda no seu bolso e no futuro do Brasil?
Afinal, o que mudou?
Depois de anos de promessa, a tão falada isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil foi aprovada na Câmara dos Deputados. Agora, o projeto segue para o Senado e pode virar realidade a partir de 2026.
Essa é uma medida que mexe diretamente com o seu bolso e também com a ideia de justiça tributária no Brasil, já que, por muito tempo, a classe média pagou proporcionalmente mais imposto que quem está no topo da pirâmide.
Mas calma: ainda tem um longo caminho pela frente, e o ponto mais polêmico é simples de entender — quem vai pagar essa conta?
O que foi aprovado na prática?
O projeto (PL 1.087/2025) trouxe dois pontos centrais:
Isenção total: quem recebe até R$ 5.000,00 mensais não vai mais pagar IR. Isso vale também para o 13º salário.
Redução gradual: salários entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350,00 terão um desconto parcial, para evitar que quem ganha pouco mais de R$ 5 mil seja prejudicado.
Ou seja: a medida beneficia diretamente milhões de trabalhadores que hoje veem uma boa parte do salário escorrendo para o leão.
De onde vem o dinheiro para compensar a isenção?
A parte delicada é a compensação fiscal. Segundo o governo, a renúncia será de cerca de R$ 25,8 bilhões no primeiro ano. Para equilibrar as contas, a ideia é taxar quem realmente ganha muito:
Imposto Mínimo Progressivo: cobrança de pelo menos 10% de IR para quem recebe mais de R$ 600 mil por ano.
Tributação de lucros e dividendos: retenção de 10% sobre distribuições acima de R$ 50 mil mensais.
Ou seja, a conta sobe para os chamados “super-ricos”. Para muitos especialistas, isso é um passo importante para corrigir distorções históricas e dar mais equidade ao sistema tributário.
Quando começa a valer?
Essa parte é importante: mesmo que seja aprovada ainda em 2025, a isenção só passa a valer em 2026, porque a legislação tributária respeita o princípio da anterioridade anual.
Traduzindo: só dá para sentir o alívio no bolso na declaração de 2027.
Quem ganha e quem pode perder
Quem ganha: cerca de 16 milhões de contribuintes serão beneficiados. Um trabalhador que ganha R$ 5 mil, por exemplo, pode economizar mais de R$ 4.300 por ano. Isso significa mais dinheiro para investir, gastar ou até aliviar dívidas.
Quem perde: os grandes detentores de capital, principalmente quem lucra com dividendos isentos, agora terão que pagar parte da conta.
O desafio é garantir que essa compensação seja suficiente e que não abra um rombo nas contas públicas.
E agora?
No Senado, três cenários estão em jogo: aprovação rápida, ajustes que atrasem a implementação ou resistência à taxação dos super-ricos.
O resultado final vai mostrar se essa mudança será, de fato, um marco de justiça social, ou apenas mais uma promessa esvaziada pela dificuldade em implementar compensações reais.
Conclusão: Justiça tributária ou promessa no papel?
A isenção do IR até R$ 5 mil é um avanço que promete aliviar a vida de milhões de brasileiros e brasileiras. Mas, como sempre, a grande questão é como equilibrar as contas sem sacrificar investimentos essenciais em saúde, educação e políticas sociais.
Aqui no MM MONTEIROS, acreditamos que discutir imposto não é só falar de números — é falar de justiça, dignidade e futuro.
👉 E você, o que acha? Essa medida vai mesmo mudar o seu bolso ou ainda é cedo para comemorar?





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